A Doença da Arranhadura do Gato é uma patologia infecciosa causada por uma bactéria chamada Bartonella. É caracterizada por conjuntivite infeciosa, transmitida por animais, associada a inchaço e dor nos gânglios linfáticos. Acredita-se que possa ser transmitida por arranhões, mordidelas e exposição a saliva de gato. Esta doença é também conhecida por Bartonelose. Estima-se que a sua prevalência seja de 1 a 9/100.000 nascimentos. O seu surgimento é esporádico. O aparecimento ocorre geralmente na idade adulta.
Foi descrita pela primeira vez em 1889 por H. Parinaud. O pico de incidência parece situar-se entre os 30 e os 50 anos de idade. 75% dos casos acontecem durante o período frio do ano, entre setembro e abril. A relação masculino-feminino é de 3:2.
Causas
O
agente patogénico é um bacilo Gram negativo, o Bartonella Henselae. Os
vetores responsáveis pela transmissão da doença são pulgas de
contaminação, que ocorre através de um arranhão ou de uma mordidela de
gato ou através da picada de uma pulga infectada.
Sinais e Sintomas
- Linfadenopatia (edema e dor nos gânglios linfáticos)
- Febre (38-41°C)
- Fadiga
- Dores de cabeça
- Esplenomegalia
- Manifestações cutâneas (exantema maculopapular transitória)
- Outras manifestações atípicas também foram observadas:
- Comprometimento neurológico com encefalite ou envolvimento de nervos periféricos
- Comprometimento oftalmológico (síndrome oculoglandular Parinaud)
- Envolvimento pulmonar
- Comprometimento cardiovascular
- Hepatomegalia
- Púrpura
- Trombocitopénia
- Eritema nodoso.
Diagnóstico
Além do quadro clínico, o diagnóstico é baseado em testes sorológicos (imunofluorescência indireta ou ensaio imunoenzimático com titulação de anticorpos IgG e IgM), exame histopatológico de linfadenopatias mostrando características que são consistentes, mas não patognomónicos e reacção em cadeia da polimerase em biópsias de nó valvulares ou linfa.
Prognóstico
O prognóstico desta patologia é muito positivo para pacientes imunocompetentes, com resolução espontânea em 90% dos casos. No entanto, antibioterapia é necessário nos casos de imunodepressão, bem como nos casos com envolvimento neurológico e cardíaco.
Tratamento
Apesar de esta patologia normalmente desaparecer sem tratamento, terapia com antibióticos e ou antimicrobianos podem acelerar a recuperação.
Fontes: