Soluços Crónicos - As Doenças Raras
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Soluços Crónicos

Os Soluços Crónicos são soluços que persistem durante um longo período de tempo ou recorrem frequentemente ao longo de um período de tempo prolongado. Um soluço é um movimento involuntário (espasmo) do diafragma, o músculo na base dos pulmões. O espasmo é seguido pelo rápido fechamento das cordas vocais, que produz um som característico.

Os soluços muitas vezes começam sem razão aparente e geralmente desaparecem após alguns minutos. Aqueles que duram mais de dois dias e menos de um mês são chamados de soluços persistentes ou prolongados. Em casos raros, os soluços podem persistir mais de um mês ou recorrer frequentemente ao longo de um período prolongado de tempo, sendo chamados de soluços intratáveis.

Os soluços inconciliáveis ​​são difíceis de tratar e muitas vezes indicam a presença de um outro problema médico. O maior episódio gravado de soluços intratáveis ​​durou 60 anos. Esta patologia tem uma prevalência de 1 a 9/1.000.000 nascimentos. A hereditariedade é esporádica. A idade de início é variável.

Causas

Os soluços ocorrem quando um problema, de alguma forma, atinge o diafragma. Pode-se dizer que este fica irritado. Algumas das situações que irritam o diafragma são:
  • Ingestão rápida dos alimentos
  • Ingestão de grandes quantidades de alimentos
  • Irritação gástrica
  • Irritação na garganta
  • Nervosismo
  • Euforia.
Contudo, em muitos casos, não há nenhuma causa óbvia (idiopática). Algumas causas adicionais incluem:
  • Cirurgia abdominal
  • Qualquer doença ou distúrbio que irrita os nervos que controlam o diafragma
  • Pleurisia
  • Pneumonia
  • Alimentos ou líquidos quentes e picantes
  • Exalações nocivas
  • Acidente vascular cerebral ou tumor que afeta o “soluço center” no cérebro
  • O uso de álcool e ou o tabaco em excesso
  • Esofagite por refluxo gastroesofágico.

Tratamento

O tratamento dos soluços crónicos depende da sua causa. Os soluços associados ao refluxo gastrosofágico podem ser tratados com anti-ácidos como o omeprazol. Aqueles encontrados em associação com problemas centrais do sistema nervoso podem ser tratado com baclofeno.

Outros medicamentos que podem ser utilizados incluem a clorpromazina, a gabapentina, o valproato e a lidocaína em bólus. O método de tratamento raramente falha. A continuação do tratamento pode incluir, em casos em que não haja uma melhora significtaiva, o bloqueio do nervo frénico, cuja função é controlar o diafragma.

Fontes:


1 comments:

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2 de junho de 2013 às 02:40 delete

Boa noite Graziele

Antes de mais deixe-me dizer-lhe que não desista de ajudar a sua mãe, o que está a fazer é uma prova de amor e carinho. Não desista. As doenças raras como o próprio nome diz são pouco comuns, logo são escassos os conhecimentos que as envolvem e são escassos os tratamentos e existentes. Tudo isto acontece porque a indústria farmacêutica e tecnológica apenas vê números e estatística, não vê as pessoas por detrás desses papéis onde o lucro é mais importante. Fabricar medicamentos para poucos doentes, “raros”, não é lucrativo, por isso estamos na sociedade que estamos. Mas não desista. Felizmente que algumas mentalidades estão despertas para o problema das doenças raras.

Em relação ao problema da sua mãe, julgo que se tratará mesmo de soluços crónicos, contudo estes têm que ter uma causa. Encontrando a causa podemos tentar tratar o problema. Sei que já recorreu a médicos, contudo não sei que exames ou tratamentos tentaram. Em primeiro lugar é necessário identificar a causa, e esta é física ou psicológica. Julgo que deve começar por descartar as causas físicas. Para isso é necessário a realização de exames complementares de diagnóstico, como endoscopia digestiva alta para avaliar o tubo gastrointestinal e alguma possível anomalia como o refluxo gastroesofágico entre outros problemas possíveis, ou a realização de tomografia axial ou ressonância magnética para descartar problemas tanto da cavidade torácica como da abdominal que podem variar de infecções a neoplasias. Se não for detectado qualquer mal pode ser útil uma avaliação psicológica

Não desespere. Depois de identificado o problema torna-se tudo mais fácil. É preciso pressionar os médicos para a realização de exames mais precisos e avançados. Quando chegar a esse ponto vão ser tentados vários tratamentos e raramente falham. Se por ventura as melhoras forem pouco significativas o tratamento pode incluir o bloqueio do nervo frénico, cuja função é controlar o diafragma.

Rápidas melhoras para a sua mãe! Assim que tiver novidades agradecemos que nos informe, como forma de percebermos se a informação disponibilizada aqui foi útil. Responda nesta continuação.

Obrigado por nos contactar, esperamos que tenhamos sido úteis.

Ajude-nos a ajudar a Minoria! Este é o nosso lema. Divulgue o nosso blogue: http://asdoencasraras.blogspot.com/

Sinceramente, Doenças Raras.

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