A Síndrome de Capgras é um raro distúrbio no qual um indivíduo sofre de uma crença ilusória de que um conhecido, normalmente um cônjuge ou outro membro familiar próximo, foi substituído por um impostor idêntico. Ela é classificada numa categoria de crenças ilusórias, que envolve enganos de identificação tanto de pessoas, lugares ou objetos. A sua ocorrência pode ser aguda, passageira ou grave.
É mais comum esta ilusão ocorrer em pacientes com diagnóstico de esquizofrenia. Contudo também pode ocorrer em variadas condições, como no dano cerebral ou na demência. Embora seja chamada de síndrome, alguns pesquisadores alegam que deveria ser pensada mais como um sintoma de algo do que uma síndrome em si mesma.
Causas
As causas para esta doença ainda não estão completamente descobertas. Mas sabe-se, que através do estudo de pacientes com dano cerebral que desenvolveram prosopagnosia, ou seja, incapacidade de reconhecer rostos, ela acabou por se desenvolver. Porém, um estudo de 1984 por Bauer mostrou que mesmo sem reconhecimento consciente, os pacientes emitiam sinais (respostas galvânicas através da pele), ao serem confrontados com rostos familiares, sugerindo que haja uma maneira consciente e uma não-consciente de reconhecimento facial.
Sintomatologia
Num artigo de 1990 do British Journal of Psychiatry, os psicólogos Hadyn Ellis e Andy Young levantaram a hipótese de que pacientes com o delírio de Capgras possam ter uma “imagem-espelhada” da propagnosia, ou seja, que suas capacidades conscientes de reconhecimento operem corretamente, mas que tenham danificado a sua habilidade emocional de reconhecer pessoas. Isso levaria à sensação de reconhecer alguém, mas sentir que “algo não está certo”.
As emoções que sentimos ficam codificadas nas imagens que vemos e nesta síndrome a imagem separa-se da emoção, gerando assim um desconhecimento de alguém próximo.
Diagnóstico
Baseia-se nos achados clínicos da patologia.
Tratamento
Não existe uma cura. Medicação antipsicótica e hipnótica pode ser útil para controlar os casos mais graves.
Fontes:
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