A Síndrome do Canal Torácico surge num quadro de desconforto gradual, nalguns casos o paciente queixa-se com uma dor significativa. Ela origina-se devido a alterações posturais e ou anatómicas que alteram o triângulo formado pela primeira costela, clavícula e músculo escaleno e peitoral, ocorrendo compressão do feixe vascular (artéria e veia) e nervoso, que vai para o membro superior. É também conhecida por Síndrome do Canal Torácico.
Causas
A maioria das manifestações é devida à compressão nervosa derivada das alterações posturais e ou anatómicas do “triângulo”. As estruturas anatómicas que formam o triângulo são comparadas a um “desfiladeiro”, criando-se assim um dos nomes que denomina esta síndrome.
Sinais e Sintomas
- Dor Cervical
- Dor Dorsal
- Dor nos membros superiores
- Cefaleia
- Dificuldade na coordenação de movimentos
- Distúrbios Psicológicos (exemplo: depressão)
- Parestesias e diminuição da força dos dedos da mão (principalmente o 4º e 5º dedo)
- Edema e alteração da cor no membro afetado (achado intermitente)
- Trombose da veia subclávia (por compressão venosa).
Normalmente, a dor sentida, é intermitente e relacionada com os movimentos, especialmente quando à elevação dos braços.
Em alguns casos, existem anomalias congénitas, como costela cervical, processo transverso longo da sétima vértebra cervical, ou faixa fibromuscular anómala na saída torácica.
Diagnóstico
O estabelecimento do diagnóstico baseia-se nos achados clínicos e em exames complementares de diagnóstico (tomografia computorizada ou ressonância magnética).
Diagnóstico Diferencial
Pode haver confusão com Neurite do Plexo Braquial, Síndrome do Túnel do Carpo, Hérnia de Disco Cervical, Síndrome do Impacto do Ombro, Tumor de Pancoast e Compressão do Nervo Ulnar.
Tratamento
O tratamento é feito através de exercícios posturais. O principal problema desta patologia está relacionado com a má postura. É necessária uma orientação de hábitos posturais e uma revisão ergonómica do trabalho.
Outras formas de tratamento, com possível benefício para o doente, incluem medicação analgésica, eletroterapia, termoterapia e exercícios de relaxamento. As bandas musculares contracteis são muito eficazes quando há dor muscular, caracterizada como miofascial.
No caso específico da anomalia, costela cervical, sem melhora com o tratamento conservador, a cirurgia deve ser considerada. Contudo, o êxito da mesma é bastante variável, com ocorrência de complicações bastante significativas.
No caso de haver comprometimento vascular grave e permanente é necessária uma consulta imediata com um especialista em cirurgia vascular.
Fontes:
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