Síndrome de Barth - Síndromes Raras, Definição, Prevalência, Hereditariedade, Fisiopatologia, Causas, Sinais e Sintomas, Diagnóstico, Tratamento, Prevenção - Doença Rara Metabólica - Sistema Endócrino - Herança Recessiva Ligada ao Cromossoma X
Tipo de Patologia:
- É uma desordem genética que afeta o metabolismo celular também conhecida por 3-Methylglutaconic acidúria tipo II.
- Tem uma hereditariedade Ligada ao cromossoma X, afeta exclusivamente o sexo masculino.
- Uma mãe portadora desta patologia não apresenta sintomas da doença, mas tem 50% de hipóteses de transmitir o gene alterado aos filhos.
- As mutações no gene tafazzin (TAZ, também chamado G4.5) estão intimamente associadas a esta patologia.
- As mitocôndrias das células não produzem quantidades adequadas de cardiolipina. Este lípido (gordura) é essencial para a formação das estruturas celulares e para a produção de energia que será utilizada pelas células.
Principais Sinais e Sintomas:
- Cardiomiopatia (dilatada ou hipertrófica), dando origem a insuficiência cardíaca
- Neutropenia (crónica, cíclico ou intermitente), pode provocar úlceras, aftas na boca, febre e infeções bacterianas, tais como pneumonias e infeções na pele.
- Musculatura esquelética subdesenvolvida
- Fraqueza muscular
- Atraso de crescimento
- Dificuldade na aprendizagem
- Intolerância ao exercício
- Morte fetal
Tratamento:
- Atuar sobre as complicações da doença, nomeadamente no tratamento dos sintomas cardíacos e das infeções.
Outras Considerações:
- A sua prevalência é de 1/300.000 nascimentos.
- Foi descrita pela primeira vez pelo doutor Peter Barth, neurologista infantil, em 1983 através de uma árvore genealógica, mostrando que se trata de uma caraterística hereditária.
- Pensa-se que está ser severamente sub-diagnosticada.
- Os seus principais portadores residem nos EUA, Canadá, Reino Unido, Europa, Japão, África do Sul, Kuwait e Austrália.
- O Barth Syndrome Foundation patrocina um programa de concessão competitivo Pesquisa e Conferências Internacionais para famílias afetadas, médicos assistentes e cientistas a cada dois anos.
- O prognóstico é reservado, quando não diagnosticado precocemente os rapazes morrem de insuficiência cardíaca ou infeções até aos 3 anos de idade.
- Com um acompanhamento médico permanente e com monitorização dos sintomas, tratamento das infeções intercorrentes, da neutropenia e dos problemas cardíacos, consegue-se uma maior sobrevivência e uma maior qualidade de vida para estas crianças.