A Hérnia Diafragmática é um defeito congénito em que há uma abertura anormal no diafragma, o músculo que ajuda na respiração. A abertura permite que parte dos órgãos abdominais (estômago, baço, fígado e intestinos) possam subir para a cavidade torácica até junto dos pulmões. É afectado mais frequentemente o lado esquerdo. Estima-se que a prevalência seja de 1 a 5/10.000 nascimentos. O aparecimento é esporádico. A idade de início é a neonatal e a infância. Ter um pai ou irmão com a doença aumenta ligeiramente o risco.
Causas
A Hérnia do Diafragma é causada pela inadequada junção de estruturas durante o desenvolvimento fetal. Como resultado, os órgãos abdominais podem invadir a cavidade torácica. Isto leva a que o tecido pulmonar, no lado afetado, não consiga desenvolver completamente.
Sinais e Sintomas
- Dificuldade na respiração (quase sempre, logo após o nascimento)
- Cor da pele azulada devido à falta de oxigénio
- Respiração rápida (taquipneia)
- Ritmo cardíaco acelerado (taquicardia).
Diagnóstico
Exames efetuados à grávida mostram geralmente quantidades excessivas de líquido amniótico. Uma ecografia fetal pode mostrar conteúdo abdominal na cavidade torácica.
O exame do lactente mostra:
- Movimentos irregulares do tórax
- Ausência de sons respiratórios no lado afetado
- Sons intestinais ouvidos no tórax
- Exame abdominal alterado, devido à ausência de órgãos
- Uma radiografia de tórax pode mostrar órgãos abdominais na cavidade torácica.
Tratamento
A Hérnia Diafragmática é uma emergência médica que requer cirurgia. A cirurgia recoloca os órgãos da cavidade abdominal na sua posição habitual e repara a abertura no diafragma. Se a anomalia for diagnosticada durante a gravidez, por volta das 24 a 28 semanas, a cirurgia fetal pode ser considerada.
A criança normalmente necessitará de apoio respiratório até à recuperação cirúrgica. Algumas crianças são colocados numa máquina de circulação coração/pulmão, o que permite aos pulmões a possibilidade de recuperar e expandir após a cirurgia.
Prognóstico
O resultado da cirurgia depende do estádio de desenvolvimento dos pulmões e da existência de outros problemas congénitos. Normalmente, as probabilidades são favoráveis, para as crianças que têm tecido pulmonar suficiente e não têm outros problemas. Com os avanços na assistência neonatal e cirúrgica, a sobrevivência é maior do que 80%.
Fontes: